Prunus Girl | Crítica
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| Capa do Volume 1 |
Quem nunca se interessou por uma obra de romance colegial? Bem, isso é o que propõe Prunus Girl lançado em fevereiro de 2008, escrito e ilustrado por Tomoki Matsumoto.
Nela seguimos à história de Makito Maki que conhece a adorável Kizuna Aikawa sob as flores de cerejeira no dia em que os resultados do vestibular são publicados. Parece que os dois vão acabar juntos. No entanto, os sonhos de Maki de conseguir uma namorada bonita são destruídos quando, no primeiro dia de aula, Kizuna revela que ela é na verdade um homem.
Após a revelação chocante, Maki tenta seguir em frente de Kizuna, mas o destino tem outros planos guardados, já que os dois começam a se encontrar todos os dias. Embora Aikawa esteja disposto a estender uma mão amiga, Maki ainda tem dificuldade em entender que Aikawa é realmente um menino. No entanto, conforme Aikawa arrasta Maki em várias aventuras, ele vê que Aikawa é realmente uma pessoa gentil e aprende que as pessoas não devem ser definidas por sua aparência ou gênero. [Fonte MAL Rewrite]
Mas há quem ache que isso será abordado da maneira apropriada. O mangá consiste em vida escolar e comédia em torno da sexualidade da Aikawa. Afinal, ele é ou não é uma garota? E Makito se importa com isso ou não? Essa é a base do mangá que se perpetua até o final. As piadas sempre possuem a mesma essência. Uma hora divertido outra enfadonha.
Ora, mas tem romance não é? Bem, sim, mas aquele que fica de escanteio e que se "desenvolve" apenas no final, quando o autor percebe que se aproxima do fim (ou quando é cancelado). O desenvolvimento dos personagens principais é arrastado e pouco desenvolvido típico de obras do mesmo gênero (romance). Sabe aqueles capítulos em que ocorrerem uma demonstração de afeto, mas uma das partes acha que é uma piada ou não sabe como reagir? Em Prunus Girl isso ocorre toda hora.
Em meio a isso, o mangá fica num ciclo de provocações e piadas, e de como todo mundo gosta do Aikawa, sem se importar com ele sendo homem ou não. Já que ele fica bem em roupas femininas! Ah, qual é! O conflito que Maki tem em gostar dele infelizmente é mal aproveitado. Houve apenas um momento que abordou isso, e de longe foi bem desenvolvido.
Os personagens secundários são mal explorados e desenvolvidos. Numa parte do mangá há uma trama de garotas lésbicas que simplesmente não funciona por causa dos personagens não terem sido desenvolvidos o suficiente, e o peso emocional se anula. No fim, é um mangá mal aproveitado onde tudo fica com a sensação de faltar algo por ser simples demais e repetitivo.

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